segunda-feira, julho 04, 2011

A ficção nossa de cada dia


Após um dia anterior na experimentação da realização de um curta, sem roteiro ou ideia pré-concebida, e seis horas de edição. Juntando com uma noite mal dormida de tanto cansaço. Resolvo viajar no meu santuário, a Livraria Cultura. Sinto uma certa paz e reconforto diante(usando as palavras de um escritor o qual não lembro nome neste momento) do São Cortázar, São Joyce, São Poe, Santa Emily Bronte e outros mais. Eis que me perco  por cerca de cinco horas na escolha do livro que me causará deleite e quem sabe uma certa cor a vida 'pb'. "Por que tanta demora?..." Perguntarão os tolos. "Leitor que é leitor já tem a ideia de que livro ou autor preferido que  lerá!..." Falarão os mais ousados e sofisticados "poetas da razão". Mas indago friamente: Porque não demorar? Porque não hesitar? Temos que simplesmente subtrair o prazer e a devoção diante de nosso mais amados e fieis santos escritores, numa absurda comunhão fugaz de nosso século?!
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Bem pensamentos e digressões sem fundamento... eis que presencio uma linda cena: Uma garotinha de seus cinco ou seis anos de idade, fala ao seu pai, que a chama para sair da Livraria com os braços juntos ao corpo e sua mão esquerda levemente inclinada para cima: 'Calma, papai! O sr. poderia andar mais devagar no acompanhar do andar de uma bela princesa?!'; 'Claro filha, mas segure minha mão.' Comprovo ironicamente um pensamento antigo e fico feliz em saber que ainda existem reis, rainhas e princesas que povoam suas próprias ficções...


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