sábado, outubro 27, 2012

Um porto um cais, por Wagner Bezerra Pontes


Imagem: Anônimo(Unknow)


De longe avistei um brilho no ar,
mas sem remo pra navegar perdi meu porto
e mais uma vez fui fisgado as entranhas do mar.
Meu barco a deriva e sob os encantos de sereias malditas, 
num doce e amargo vagar 
rompera o casco velho e cansado. 
Só através do horizonte e da luz, 
meus versos num cais em deletérios eu quisera ancorar.
Ah, mas quem me dera volver o tempo, 
remar as mãos e morto em exaustão sob teu peito descansar.
Soluçar teu perdão, 
queimar a paixão 
escondida entre as cortinas de teu olhar-cais...


By: Wagner Bezerra Pontes

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