segunda-feira, dezembro 05, 2011

Sonata ao crime de um poeta evanescido,por Wagner Bezerra Pontes



Um beijo.
O crime.
Lua escura, a pele nua.
Um lume e candura.

Montes verdes.
Boca nua.
O beijo diante de uma extração.
Uma lágrima suja.
Por ventura queimara o coração.

Diante do leito a amargura, Respir... ação!!!
Pensara a pesada exatidão,
E constatara o brilho de um cometa num segundo de reflexão.
Caminhara por entre o inferno e as névoas da escuridão,
Como Rimbaud provara o grito em alvorada.
Deixara cair o corpo, consumação.
Apenas uma busca, um lume, uma expurgação...

Ah, se soubeste qual lado da lua...
Não me afogaria em tempestade, em navegação,
E em frio cinza como a neve, teceria uma prece.
Implorando teu perdão.
Queimaria minha alma no fundo do vulcão,
E veria escorrer pelo teu seio nu,
A água em expiação.

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