terça-feira, maio 29, 2012

Escrever É Apenas Narrar?, por Itaú Cultural


A Mesa "Escrever É Apenas Narrar?" com João Silvério Trevisan, Joca Reiners Terron, Nelson de Oliveira, Paulo Scott, Rubens Figueiredo e mediação de Paulo Werneck.

A representação do real ainda tem espaço na contemporaneidade ou contar uma história
 já não é mais contemporâneo? Qual é o espaço da narrativa num momento em que, 
ao que parece, a forma precisa ser constantemente reinventada?

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Breve resumo da primeira parte


Primeiramente o João Silverio Trevisian, explicita sobre o seu romance Rei do Cheiro, levantando a questão: "Quem é que narra?" Chegando a dizer que foi capaz de eliminar o 'narrador onisciente ou neutro' de seu romance, pois acredita que a literatura contemporânea esteja num esgotamento e em um efeito regressivo com os recursos da narrativa ficcional. De modo que ao explicar os comportamentos da escrita do século XX, fala da sua repulsa pelo parâmetro de excelência, louvado em exaustão pelos escritores contemporâneos, na utilização do "narrador neutro". 

Rubens Figueiredo acredita que ao longo das décadas a literatura decidiu se voltar para si, apostando na linguagem da renovação em si mesmo. Porém, acredita que a dinâmica dos processos narrativos da literatura deveria abarcar de outras linguagens e não apenas alimentar-se de si.

O Nelson de Oliveira diz que uma das suas principais preocupações é a necessidade da literatura em se renovar, de modo que os escritores vivem numa ânsia da recriação da linguagem para conseguirem a sua originalidade. Já que inventar e ser um Vanguardista estaria no primor de tornar-se um clássico(obra/autor).

Paulo Scott acredita que a narrativa esta fadada a exaustão e a literatura sendo a própria escrita, não haveria para onde fugir. 

Joca Reiners Terron acredita na não-narrativa, o calar. A existência da banalização da narrativa estaria consumindo a si mesma. Gerando uma conspiração de que tudo deve ser narrado e que todos querem ser narradores. 

Via: Itaú Cultural

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